segunda-feira, 2 de novembro de 2015


RESUMO DO LIVRO: AS SETENTA SEMANAS DE DANIEL
Drº ALVA J. Mc CLAIN

O propósito do livro: “As Setenta Semanas de Daniel” do Drº Alva J. Mc Clain é determinar a natureza e a duração das setenta semanas apresentadas no capítulo 9 e versículos do 24 ao 27 do livro do profeta Daniel e verificar se as predições expostas neste fragmento de texto se encaixam na história cronologicamente. Todos os comentaristas concordam que as 69 semanas já se cumpriram. Mas são apresentadas divergências consideráveis em outros aspectos e que foram descritas pelo autor em sua obra.
O autor inicia seus estudos escatológicos a partir da desolação que o rei Nabucodonosor investiu sobre a cidade de Jerusalém (II Cr. 36:17-21) e a consequente deportação dos primeiros cativos em 605 a.C.; fato este já profetizado por Jeremias apontando para tais desolações (Jr. 25:11). Dentre esses cativos estava o profeta Daniel, que por longo período de tempo servindo aos reis dominadores, já se encontrava envelhecido quando orando a Deus (Dn. 9:3-19) pediu esclarecimentos sobre o destino de Israel. O mensageiro Gabriel – o mesmo que fez a anunciação à Maria (Lc. 1:26) – vem em resposta divina à oração do profeta e fala predições sobre o primeiro advento de Cristo (Dn. 9:21-23).
A perícope central da profecia (Dn. 9:24-27) trata-se da nação de Israel e da cidade de Jerusalém e nela são mencionados dois príncipes: Messias, o Príncipe e o príncipe que há de vir. Há um total de semanas envolvidas no período profético de Setenta semanas (sete semanas, sessenta e duas semanas e uma semana). O autor marca o tempo a partir de um início prefixado nas Escrituras: “[...] desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém” e avançando para o fim das 69ª semanas pelo aparecimento do Messias, o Príncipe, onde, logo após Este será morto e a cidade de Jerusalém destruída por um povo do outro príncipe que há de vir. Neste hiato temporal o estabelecimento das 70ª semanas é completado, sendo que haverá uma firme aliança ou tratado entre o príncipe vindouro e a nação de Israel pelo período de uma semana; na metade desta semana este pacto é violado e o príncipe vindouro fará cessar o sacrifício judaico e precipitará sobre esse povo um tempo de desolação que irá culminar com a volta do Messias, o Cristo, ao final das 70ª semanas e Este inaugurará um tempo de grande bênção para Israel.

domingo, 23 de agosto de 2015

Porque não sou a favor de ‪#‎MegaTemplos‬ !


1 - O país vive hoje uma grande recessão econômica e quando usamos no coletivo a palavra nação, aqui estão incluídos todos, inclusive os evangélicos. Essas construções faraônicas só servem para uma coisa: fortalecer o egocentrismo de líderes que não se contentam com o pouco e fomentam um imperativo de que quem tem mais poder é quem consegue exterioriza-lo de forma mais nítida para a mídia moderna, ou seja, um marketing pessoal.
2 - ...Essas grandes casas não são construídas com o intuito social ou em comum para a população cristã, possibilitando a própria inclusão social e desenvolver trabalhos para a coletividade, não só evangélica, mas somente para "adoração" a Deus. Me pergunto até agora porque será que Deus permitiu a destruição do Grande Templo construído por Salomão - a menina dos olhos daquela grande religião no passado? Para espanto meu, uma certa vez ouvi do púlpito a expressão de um pastor de renome regional que "[...] trabalhos sociais devem ser de responsabilidade do Governo e a Igreja não tem nada a ver com isso". Será?
3 - O dinheiro gasto daria para ser usado em projetos de evangelização local e internacional, além de muitos outros que não vou citar, pois são muitos, focando na verdadeira significação do Evangelho e Cristo.
4 - Isso pode caracterizar uma lavagem de dinheiro, mesmo porque, não há cobranças fiscais aos templos (gozam de imunidade tributária religiosa) - acordem diretorias das igrejas evangélicas, pois, isso pode ser utilizado num futuro bem próximo como possível tributação e pior, uma perseguição aos crentes - aqui pagaria os que tem culpa e os que não tem.
5 - Para adorar a Deus nós somos o verdadeiro Templo e morada do Espírito Santo - não quero dizer aqui que não precisamos congregar, longe de mim, mas não há necessidade de suntuosas construções, mesmo porque pregamos que o Reino de Cristo não é deste mundo, então, tais coisas ficarão na terra, devemos investir naquilo que vai permanecer no porvir. Afinal não é isso que a Bíblia Sagrada ensina?

domingo, 2 de novembro de 2014

Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas


A mais recente pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas LifeWay é intitulada “Americanos acreditam no céu, inferno e em algumas heresias”. Encomendada pela Ligonier Ministries e publicada ontem (28), recebeu destaque em vários sites de conteúdo evangélico.
O material revela que muitos evangélicos americanos têm opiniões “heterodoxas” sobre a Trindade, a salvação, e outras doutrinas. Segundo os padrões dos conselhos mais importantes da Igreja primitiva, essas posturas seriam consideradas heréticas.
Os pesquisadores fizeram 43 perguntas sobre fé, abordando temas como pecado, salvação, Bíblia e vida após a morte. A pesquisa feita com 3 mil pessoas tem uma margem de erro de 1,8% e seu nível de confiança é de 95%.
As principais conclusões do estudo são que embora a imensa maioria – 90% dos evangélicos e 75% dos católicos – acredite que o céu é um lugar real, cerca de 19% dos evangélicos (67% dos católicos) acreditam que existem outros caminhos para chegar lá que não seja através da fé em Jesus.
Por outro lado, 55% dos evangélicos dizem que o inferno é um lugar real, contra 66% dos católicos. Na média, os americanos não parecem muito preocupados com o pecado ou em irem para o inferno depois de morrer. Dois terços (67%) dizem que a maioria das pessoas são basicamente boas, apesar de todos os seus pecados. Apenas 18% acredita que até mesmo pequenos pecados podem resultar em condenação eterna, enquanto pouco mais da metade (55%) dizem que Deus tem “um lado irado”.
A importância desse tipo de levantamento é a grande influência que a igreja americana tem sobre a maioria das igrejas do mundo ocidental. Segundo Stephen Nichols, diretor acadêmico da Ligonier, os dados mostram “um nível significativo de confusão teológica”. Muitos evangélicos não têm visões em harmonia com a Bíblia sobre Deus ou os seres humanos, especialmente em questões de salvação e do Espírito Santo, acrescentou.
Alguns pontos têm variação expressiva dependendo da tradição teológica a que a pessoa entrevistada pertence. Porém, em algumas questões os resultados surpreendem. Em alguns casos, o problema parece ser mais a falta de informação.
Menos da metade (48%) acredita que a Bíblia é a Palavra de Deus, sendo que 50% dos evangélicos e 49% dos católicos dizem que ela é “útil, mas não uma verdade literal”.
visao teologica sobre a biblia Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas
Ao mesmo tempo, por exemplo, apenas 6% dos evangélicos acham que o “Livro de Mórmon” é uma revelação de Deus, enquanto outros 18% “não tem certeza e acham que pode ser”. Possivelmente desconhecem que os mórmons são uma seita e que, para eles, Jesus e o Diabo são irmãos, filhos do Deus-pai, que vive em outro planeta.
Perguntados sobre a natureza de Jesus, um terço (31%) disse que Deus, o Pai é mais divino do que Jesus, enquanto 9% não tinham certeza. Além disso, 27% dizem que Jesus foi a primeira criação de Deus, e outros 11% não tinham certeza.
tabela jesus e deus Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas
No segundo e terceiro século, proeminentes teólogos e líderes da igreja debateram por muito tempo sobre a natureza. O concílio ecumênico da Igreja em Nicéia, no ano 325, e o concílio ecumênico de Constantinopla, em 381 declararam sua rejeição a qualquer ensinamento que defendia que Jesus não era um com o pai, da mesma substância. Logo, tratar Jesus como um ser criado e menor que Deus-Pai não é um ensinamento cristão, embora permaneça sendo ensinado por seitas como os mórmons e os Testemunhas de Jeová.
Na mesma época, concílios ecumêmicos também esclareceram que a Trindade era composta por Pai, Filho e Espírito Santo, sem diferença de essência ou hierarquia entre eles. Quando questionados sobre a pessoa do Espírito Santo, os evangélicos de 2014 revelam posturas ainda problemáticas. Mais da metade (58%) disse que o Espírito Santo é uma força, não uma pessoa. Enquando 7% disse não ter certeza. Sobre o Espírito Santo ser menos divino do que Deus Pai e Jesus, 18% concordaram e o mesmo percentual respondeu “não sei”. Já dois terços dos católicos (75%) responderam acreditar que o Espírito Santo é apenas uma “força divina”.
tabela espirito santo Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas
A natureza humana e a salvação são outras áreas que mostram confusão nas respostas. Dois em cada três evangélicos (71%) dizem que uma pessoa será salva se buscar a Deus primeiro, e depois Deus responde com sua graça. Uma percentagem semelhante (67%) disse que as pessoas têm a capacidade de se converter a Deus apenas por sua própria iniciativa. Ao mesmo tempo, mais da metade (56%) disse que as pessoas têm de contribuir para a sua própria salvação.
tabela graca Pesquisa mostra as heresias mais comuns nas igrejas modernas
Essa parece ser a questão que ainda suscita mais debate. A tradição mais comum entre católicos romanos, ortodoxos e aguns ramos protestantes defende que os seres humanos cooperam com a graça de Deus na salvação. O ensinamento cristão histórico em todos os ramos é que qualquer ação por parte do homem será apenas uma resposta à obra do Espírito de Deus.
Ao serem perguntados sobre a igreja local, 52% acreditam que não há necessidade de pertenceram a uma igreja, pois buscar a Deus sozinho tem o mesmo valor que a adoração comunitária. Ao mesmo tempo, 56% disseram crer que o sermão do pastor não tem “qualquer autoridade” sobre eles. Quarenta e cinco por cento dos entrevistados acredita que tem o direito de interpretar as Escrituras como quiserem.

Teólogos comentam

A revista Christianity Today consultou teólogos sobre os resultados da pesquisa. Para Nichols, a Ligonier apenas está verificando o que muitos pastores já sabem: as pessoas não conhecem sua fé a fundo.
Timothy Larsen, professor do pensamento cristão no Wheaton College, afirma que isso só poderá ser revertido com mais discipulado bíblico. John Stackhouse, professor de teologia no Regent College, em Vancouver, é enfático: “Um sermão no domingo e um estudo bíblico simples durante a semana não é suficiente para informar e transformar a mente das pessoas para seguirem a teologia cristã ortodoxa.”
Ele acredita que é preciso mais empenho dos que pregam para deixar claro o que a Bíblia ensina sobre essas questões-chaves. Opinião parecida tem Beth Felker Jones, professora de Teologia no Wheaton College: “Os líderes da Igreja precisam ser capazes de ensinar a verdade da fé com clareza e precisão, e nós precisamos ser capazes de mostrar às pessoas por que isso é importante para as nossas vidas.”
Howard Snyder, ex-professor de em vários seminários conhecidos, enfatiza que a doutrina da Trindade não é um “conceito teológico abstrato, mas uma verdade cristã fundamental que nos informa sobre o Deus que adoramos, que somos como seres humanos, e toda a criação”.
Na análise do diretor da LifeWay, Ed Stetzer, o evangélico médio “gosta de acreditar em um tipo de Deus quase cristão, com doutrinas incompletas”.
Recuperado do site: <http://noticias.gospelprime.com.br/pesquisa-evangelicos-doutrinas-basicas/> Acesso em 02 de nov. de 2014.